Cume

Seguindo a trilha, aproximadamente trinta metros a frente se inicia uma encosta varrida por ventos ferozes acertadamente chamada de Portezuelo Del Viento. Relatos dão conta que em alguns dias é praticamente impossível atravessar esta encosta para atingir o Ventisquero de Schiller, um pequeno glaciar de uns 100 metros de largura com inclinação beirando os 35º. Neste local, muitas vezes a neve está congelada e é necessário calçar os crampons para seguir em frente.

Em Portezuelo se vê perfeitamente todo o trajeto a seguir, de frente para a montanha, a esquerda se eleva o contra-forte do cume e a direita se estende claramente a trilha ascendente que conduz ao início da temida Canaleta, a 6600 metros de altitude.

Inicio da canaleta

A Canaleta desde sempre foi um dos grandes mitos do Aconcágua e muito se falou dela, mas o grande segredo é subi-la calmamente pela direita se apoiando nos bastões de trekking para facilitar o equilíbrio e não desperdiçar energia. Possui um desnível de aproximadamente 400 metros com 35º a 40º graus de inclinação, formada por rochas instáveis que se desprendem com facilidade podendo atingir quem vem atrás e terreno fofo que a torna muito cansativa.

Após 3 ou 4 horas se junta a aresta do Guanaco que vem do cume sul, formando a mais caraterística imagem da região do cume do Aconcágua, e retomando a esquerda nos conduz diretamente ao cume principal, muito próximo.

No Cume a 6962 metros de altura, coordenadas 32º39’21” sul, 70º00’75” oeste, existe uma pequena cruz de alumínio que somada a vista da parede sul dão o mais indiscutível testemunho da conquista.

Filo del Guanaco, que liga o cume Sul ao Cume norte e a parede sul do Aconcagua.

Cume do Aconcágua – Foto de Adrian Lyons

Comemorando no cume do Aconcagua. Foto de Gabriel Tarso.

Comments are closed